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O Instituto Pensamento Ecológico apoia e convida para o terceiro encontro do Grupo de Discussão Arte na Contemporaneidade, trazendo o artista Otávio Schipper que apresentará seus trabalhos e vai falar de sua trajetória artística e de seu processo de criação.




 

Painel: Pintores Naifs do Rio de Janeiro na Livraria da Travessa (Shopping Leblon)


No dia 21 de janeiro de 2015 foi realizado o segundo encontro do 'Grupo de Discussão Arte na Contemporaneidade', no auditório da Livraria da Travessa (Shopping Leblon - RJ).

Os encontros são promovidos pelo IIAN (Instituto Internacional de Arte Naif) e apoiados pelo Instituto Pensamento Ecológico. Nessa edição, o tema foi 'Painel: Pintores Naifs do Rio de Janeiro'.

Tivemos seis artistas convidados: Ana Camelo, Berenic, Dalvan, Ermelinda, Helena Coelho e Helena Rodrigues.

Os artistas naifs, radicados no Rio de Janeiro e com projeção internacional, apresentaram seus trabalhos e falaram sobre sua obra, vida e processo criativo.

Estamos disponibilizando o material com a transcrição das falas dos artistas e fotos do evento (abaixo).




Clique nos nomes abaixo e veja a resenha completa de cada artista aqui no nosso blog:

Helena Rodrigues (em andamento)


Créditos da Apresentação


Conteúdo
ALVARO NASSARALLA e AUGUSTO SILVEIRA 

Arte e Diagramação
ALVARO NASSARALLA 

Edição de Imagens
ALVARO NASSARALLA

Fotografias
JOÃO FONSECA


Fale Conosco: 

Augusto Silveira 

(55 21) 99619-9331 

Alvaro Nassaralla 

Fitoforma de fato

Clique na imagem para abrir o vídeo:
 
 
Vídeo de parte da apresentação o Dito e o visto


"A vida como fato se fitoforma em sua diversidade, se autofita em vistas e fitas coloridas, de verdes que se avermelham de vermelho carmim de sangue , transubstancializando-se em seiva revitalizante fitoformadora da vida".

Dançando sonhando


Dançando sobre mim - o sono

Sonhando sobre mim, eu danço

Sobre o sono, uma dança

Sobre a dança, puro sonho


18/fev/2014

MAGIA, MULHER E LUA


MAGIA, MULHER E LUA

Acima da cintura, a mulher.

Acima da mulher, a lua.

Abaixo da cintura, as serpentes.

Abaixo das serpentes, apenas nuvens e nuvens.

Texto e Fotogravura: 
José Augusto Silveira 
Fev/2014

Política, eleições e contemporaneidade

"Tanshumanidade"
José Augusto Silveira
Por José Augusto Slveira
09/out/2012

 
Os resultados das eleições na cidade do Rio de Janeiro em 2012 demonstram um sistema político-eleitoral falho em termos de uma comunicação equitativa entre os seus participantes, como também uma sociedade dividida em dois segmentos. Por um lado, a sua maioria toma uma postura conservadora, levando em conta apenas a gestão eficiente, sem grandes preocupações com questões éticas. Por outro lado, um segmento menor, em que se deseja bons resultados de gestão, acompanhados sempre por um posicionamento ético nas questões políticas.


Eduardo Paes estruturou sua campanha coligado com 19 Partidos Políticos, tendo amplo financiamento e tempo de televisão, alcançando aproximadamente 64% dos votos válidos, e Freixo, sem coligação, com finaciamento e tempo de televisão reduzidos, conseguiu um percentual de 28%.


Um outro fato importante, foi a atenção dos eleitores em relação a polarização entre os candidatos Paes e Freixo, tornando quase que totalmente nula a visibilidade dos outros candidatos de oposição.


Isso nos motiva a refletir de uma maneira crítica sobre esse processo para assim podermos entender quais as modificações de nossa sociedade que contribuíram na produção desse cenário.


Analisando inicialmente a grande quantidade de partidos coligados na campanha do candidato Eduardo Paes, já temos a nítida impressão de que tais partidos não possam representar, de forma alguma, diferentes propostas políticas para o planejamento e gestão da cidade. Vemos, assim, uma necessidade urgente de modificação no nosso sistema político-eleitoral.


Outro aspecto importante é a desproporção dos recursos financeiros entre os candidatos, resultando em estruturas de campanha com capacidades muito diferenciadas em alcançar o eleitor e conseguir uma comunicação eficiente de suas propostas de mandato.


A capacidade maior de repetição de imagens, bem como de falas, de um candidato em relação ao outro pode acabar sendo um fator decisivo na assimilação das propostas.


Também, o tempo desproporcional de exposição na mídia televisiva, mesmo com o avanço dos recursos de comunição via internet, como redes sociais, blogs e outros, ainda pode ter uma importância enorme na decisão de votos dos eleitores.


Além desses fatores relacionados acima, temos que considerar ainda as características atuais da sociedade, tais como a despolitização crescente da população, o aumento acelerado do hiperindividualismo e o avanço do consumismo em detrimento da cidadania.


Essas características de nossa sociedade atual levam a posturas quase sempre hiperpragmáticas: o que se quer é apenas ver os resultados práticos, materiais, não nos importando os meios para alcançá-los. Os aspectos éticos não são levados tanto em consideração. Na verdade, de uma maneira simplificada, a sociedade demanda unicamente uma espécie de síndico para conduzir a gestão da cidade.


O cidadão, hoje predominantemente consumidor, até mesmo no período eleitoral (e pior, ainda pode ser vítima de estratégias de marketing eleitoral enganoso), não quer mais de maneira alguma estar envolvido nas questões de responsabilidade cidadã e democrática, como a fiscalização dos seus representantes, tanto do legislativo quanto do executivo, ou mesmo uma participação mais ativa no planejamento e vida comunitária de seu bairro.

 
Acredito que são essas circunstâncias que nos levaram a eleger com aproximadamente 64% uma candidatura a meu ver conservadora, porém, técnico-modernizante, e menos de 30% dos votos dirigidos ao candidato opositor, preocupado com a ênfase na ética e na corrupção na política, dando como exemplos a erradicação da atividade miliciana como questão importante de estado e o julgamento do então chamado ‘Mensalão”.


Importante ressaltar que embora os seguimentos da faixa etária intermediária e avançada da sociedade se mostrem indiferentes a essas questões, por outro lado, a faixa dos novos jovens (aproximadamente entre 18 e 25 anos) demanda uma postura considerada pelas suas gerações anteriores como até cafona: a boa notícia é que esses jovens estão reintroduzindo a necessidade de falas mais emocionais porém propositivas na política, e mesmo com componentes mais ideológicos, e a ênfase na questão da ética, vivenciadas há décadas atrás.
 

Notas da Palestra Fritjof Capra no Rio de Janeiro em 28/03/12


Por Alvaro Nassaralla

O mundo não é mais visto como uma máquina conforme o paradigma cartesiano. Nós descobrimos que a realidade material é uma rede inseparável (indivisível) de elementos.

A visão do corpo humano como mente separada do restante foi ultrapassada e indica que estamos tomando outras direções.Todas as células do corpo formam um sistema cognitivo, integrado.

A evolução não é mais vista como uma competição e, sim, como uma dança e a emergência contínua de novas estruturas.

Uma nova ciência qualitativa vem emergindo novamente. Um dos insights mais importantes dessa nova compreensão da vida é o entendimento das redes: onde se vê vida se vê redes. Uma vez que uma rede é um padrão de conhecimentos, devemos aprender a pensar em termos de relacionamento, que é o pensamento sistêmico.

Em termos de métricas, não podemos medir os relacionamentos, mas mapeá-los; então, temos de passar da mensuração para o mapeamento, da quantidade para a qualidade.

O mapeamento de relacionamentos (em rede) irá levar a padrões, por exemplo, ciclos, etc, sistemas não-lineares.

Nenhum organismo consegue viver isoladamente

A natureza sustenta a vida criando e provendo as comunidades. Nenhum organismo consegue viver isoladamente: tanto os animais quanto as plantas e os microorganismos. A sustentabilidade não é uma propriedade individual, mas uma propriedade de toda uma rede de relacionamentos.

Esta rede de vida não-linear contém circuitos de retroalimentação através dos quais o planeta se regula. O crescimento em um ecossistema não é linear, ele se retroalimenta com seus movimentos naturais. Para tanto, precisa da diversidade.

A diversidade vai assegurar a resiliência: quando mais diverso, mais adaptado e mais resiliente o ambiente será.

A forma de sustentar o que existe será adotar um processo de co-evolução, não estático, em movimento.

Alfabetização ecológica (Eco-literacy)

A alfabetização ecológica (Eco-literacy) deve se tornar uma pedra angular para a educação em todos os níveis, e como um princípio para nossos líderes empresariais e políticos.

À medida que as manifestações de nossa crise ambiental global se tornam cada vez mais pronunciadas, pensar sistematicamente - em termos de relações, padrões e processos - será uma habilidade crítica para educadores, políticos, líderes empresariais e profissionais em todas as esferas.

O dilema fundamental subjacente a todos os problemas de sustentabilidade está na crença irracional do crescimento perpétuo, o qual é sutentado pelos economistas. (Nota minha: algo como os alquimistas que buscavam descobrir como fazer ouro).

Tudo isso é alimentado pelo materialismo e pela ganância. Os economistas se recusam a colocar o custo ambiental em suas mercadorias. Se o preço da gasolina tivesse de incluir os danos ambientais e os gastos militares no Afeganistão e Iraque, que estão diretamente relacionados a obtenção do petróleo, o preço da gasolina seria 50 dólares o barril ao invés de 5.

A ética está ausente da economia global. Essa dinâmica fatal está cada vez mais sendo reconhecida.

Um Paper está sendo preparado para Rio+20 por dezoito cientistas premiados, incluindo Hazel Henderson. O Paper diz que o mito do crescimento perpetua e propaga a falácia de que esse crescimento indiscriminado é a cura para todos os males. Mas na verdade ele é o câncer para todos os desafios globais que estamos encontrando.

Crescimento bom e crescimento ruim

Os indicadores econômicos devem incluir todos os custos socioambientais.
A superexpansão de serviços financeiros tem sido um parasita na economia real. Esses serviços não são para atender as pessoas, mas para atender a uma ganância infinita das empresas do setor financeiro.

Estamos dentro de uma economia materialista e de grande desperdício, exacerbada por descartes de resíduos não recicláveis. Como podemos entrar numa economia de regeneração, de crescimento qualitativo? Isso inclui, um aumento de complexidade, maturidade e sofisticação do pensamento humano.

O qualitativo é uma propriedade de um processo sistêmico e devemos criar uma coleção de indicadores econômicos como probreza, fome, doenças, etc.

O crescimento bom inclui a produção e descarte sustentáveis e o crescimento interno do aprendizado e da maturidade das pessoas e da coletividade. Também devemos considerar as emissões zeradas e restauração dos ecossitemas destruídos.

Mais detalhes no artigo Qualitative Growth: A conceptual framework for finding solutions to our current crisis that are economically sound, ecologically sustainable, and socially just .

Algumas ideias de indicadores para uma cidade ou país

- Pegada ecológica – É a quantidade de terra produtiva para atender as necessidades de uma pessoa e atender também seus descartes. A pegada média mundial é de aproxidamadanete 3 hectares por pessoa. No Brasil é 3, nos EUA é 8. Mas a capacidade da Terra é de 2 hectares por pessoa (Mais detalhes ver: ONG Global Footprint Network).

- Transition Town Moviment – Transição de uma economia baseada em combustíveis fósseis para não-fósseis. Rob Hopkins, no livro The Transition Handbook, diz que se pode medir se uma cidade está em transição pelo percentual do comércio local que se dá na moeda local, quantos empregos são ocupados pelos residentes locais, quantos negócios locais são geridos por pessoas locais, etc.

Mais detalhes: The Transition Handbook: from oil dependency to local resilience - Rob Hopkins


Como se fazer a alfabetição ecológica? (Eco-literacy)

Na prática, pode ser feita de muitas formas diferentes. Escrevemos dois livros chamados: Educação Ecológica, já traduzido para o Brasil, e o outro será piblicado e é destinado a graduação universitária que se chama A visão sistêmica da vida.

Nos EUA, a Second Nation ensina como se ensinar educação ecológica.

Sustentabilidade e produtos

Antes de melhorar todos os processos produtivos e torná-los absolutamente sustentáveis, é preciso pensar se precisamos de fato desse produto em questão. Por exemplo, em São Paulo o carro não vai aumentar a mobilidade das pessoas. Um empresa de carros deve se ver como uma empresa de mobilidade e ver como as pessoas podem se deslocar de maneiras mais ecológicas, como eles podem trabalhar mais próximas de suas residências, etc. Esse deve ser o negócio das montadoras.

A passagem para as tecnologias de Eco-design também vai dar emprego para muitas pessoas.

Como podemos transformar o pensamento competitivo em cooperativo?

A comunidade é um fator da maior importância para essas questões. Para criar uma comunidade é preciso tratar os relacionametno dentro desse sistema. O crescimento econômico desenfreado se vê mantido e imposto através da persuasão e convencimento da propaganda. Podemos aprender a encontrar a felicidade não no consumo e, sim, nos relacionamentos comunitários. É nessa área que o Brasil poderia ser líder mundial. O brasileiro tem um afeto muito grande pelos relacionamentos.

O que os líderes precisam aprender para fazer essa transformação?

Quero destacar dois tipos de poder diferentes: o primeiro é de dominar as pessoas e esse é praticado através da hierarquia. Mas há um segunda forma de poder que é a capacidade de empoderar as pessoas, conectando-as em uma rede associada a você. Então, você não precisa dizer o que as pessoas têm de fazer mas, sim, transferir poder para elas.

Devemos mostrar aos líderes que eles estão vivendo em um mundo conectado em redes, redes globais, e não tem como fugir disso se você quiser continuar tendo sucesso em suas atividades.

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Fritjof Capra é autor de cinco best-sellers internacionais, O Tao da Física (1975), O Ponto de Mutação (1982), Sabedoria Incomum (1988), A Teia da Vida (1996) e As Conexões Ocultas (2002). Ele é co-autor de Política Verde (1984), Pertencente ao Universo (1991), e EcoManagement (1993). Seu livro mais recente é A Ciência de Leonardo Da Vinci (2007).